Novo restaurante Magna quer trazer ‘nível Michelin’ para Goiânia

Decoração do restaurante Magna com arquitetura por William Hanna | Foto: Luísa Gomes/Mais Cinco

São altas as ambições do Magna: ser referência e o primeiro restaurante de luxo com estrela Michelin em Goiânia. Pode parecer que o chef Marco Soares sonha alto, mas a julgar pelo investimento feito na casa e pela personalidade do comandante da cozinha, trata-se, a longo prazo, de um sonho possível.

Conforme explicou o chef, a concepção do Magna levou tempo.  Quando idealizaram o projeto, os sócios primeiro reformularam uma fazenda no interior do estado para fornecer, de forma exclusiva, produtos orgânicos ao restaurante.

Com arquitetura de William Hanna, a casa localizada no Setor Marista tem decoração sofisticada no estilo “decorado de revista”. Chamam atenção as poltronas de veludo, linhas modernas e detalhes em dourado, além do cuidado com as louças e taças de cristal.

A preocupação com o atendimento é grande e há um garçom para cada duas mesas. Trata-se de um número alto, que reflete em um serviço prestativo e que pretende ser ainda mais qualificado com o passar do período de treinamento das equipes.

O menu tem opções variadas, porém sem excessos. A sensação que fica é a de que cada prato foi pensado com critério para agradar diferentes paladares e não para “preencher cota”. Por outro lado, faltam mais opções vegetarianas para atender um público que é cada vez maior e criterioso.

À primeira vista, pode parecer que o Magna vem repetir conceitos já explorados por outros restaurantes de comida contemporânea da cidade. Mas o cardápio vai em outra direção: uma miscelânea de referências internacionais clássicas. Dentre elas, latinas (como as empanadas, que chegam quentinhas e com massa crocante à mesa, ou a tortilha, com salmão que derrete na boca e finaliza com leve picância), italianas (almôndegas, lasanha com camarões e risoto com creme de burrata), portuguesas (bacalhau) mas, principalmente, da culinária francesa.

Esse mix é resultado da vivência do chef Marco que em 30 anos atuando na Europa passou por restaurantes como o do icônico hotel Plaza Athenee em Paris. Vem daí a expertise para execuções certeiras como o ponto perfeito da lagosta ao molho de champagne (que pode ser servida com caviar).

Ponto perfeito também na carne do prime rib steak de Angus. Vale mencionar que o cardápio tem nas carnes um dos seus pontos fortes, incluindo peças diferenciadas como o carpaccio de Wagyu (raça japonesa considerada uma das melhores do mundo) e o dry aged (processo de maturação a seco feito em parceria exclusiva com o açougue WR Carnes).

A única falha técnica do jantar aconteceu aos 45 do segundo tempo:  o sorvete da casa, que acompanhava bolo de chocolate, chegou já derretendo à mesa. Felizmente o fato não comprometeu o sabor. Aliás, para quem tem saudades do famoso “bolo da vovó” do restaurante Winiká, fica a dica: é ele mesmo que ressurge por aqui.

*Este é um artigo de opinião. As opiniões aqui expressas são as da autora e não refletem o posicionamento do veículo Mais Cinco. A refeição foi uma cortesia do estabelecimento.

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