As mulheres goianas vêm representando com força o nosso estado na cena barista brasileira. Neste ano, a jovem Amanda Lôbo já está classificada para a semifinal do Campeonato Brasileiro de AeroPress (método de extração do café). Mas esta não é a primeira vez que elas brilham no evento: na última edição, realizada em 2019, a vencedora também foi uma representante de Goiás, a barista Juliana Félix.
Em entrevista ao Mais Cinco, Amanda Lôbo destaca o envolvimento crescente do goiano com o café especial. “O número de cafeterias especializadas só tem aumentado, apesar da pandemia, e a participação de mais goianos nessas competições é outra evidência desse envolvimento”, observa a competidora.
A barista goianiense revela, também, que espera servir como meio de inspiração para outras mulheres e homens, e destaca o trabalho feminino na produção de café. “Percebo que as mulheres ocupam, cada vez mais, espaços em toda a cadeia do café, seja na produção, na torrefação, no barismo ou nos campeonatos”, evidencia Amanda.
Carreira de barista
A jovem, de 24 anos, começou sua carreira de barista, no ano de 2018, fazendo trabalho freelancer nas cafeterias da capital. O barista é o profissional responsável por executar o preparo do café de alta qualidade. “É esse profissional que precisa entender e saber explicar sobre café para outras pessoas”, adiciona Amanda.
Amanda conta que, para ela, ser barista na área do café especial é como ser o elo da cadeia entre produção e cliente. “Sou eu que apresento ao consumidor final o que foi desenvolvido na lavoura e na torrefação, então cabe a mim executar um bom trabalho para valorizar tudo que foi feito naquele grão de café antes dele chegar”, explica a barista.
Campeonato é oportunidade de divulgação
Ao Mais Cinco, Amanda conta que a diversão a fez querer participar do campeonato, mas também destaca a importância profissional de eventos como este. “Campeonatos como o de AeroPress inspiram profissionais e amantes do café a se dedicarem à bebida, a estudarem mais e a elevar o nível de conhecimento sobre café no país, além de divulgar o nosso meio e a cultura do café especial”, ressalta a jovem.
Ela diz que o AeroPress é um utensílio versátil para fazer a bebida. “Não tem só um jeito de fazer café com ela, existem vários, e cada pequeno ajuste pode alterar bastante o café final”, explica Amanda. Isso acontece porque o tempo da infusão, a velocidade da filtragem, a moagem dos grãos e a quantidade de café trarão um resultado diferente para o sabor da bebida.
A semifinal do campeonato ocorre no dia 25 de setembro às 15 horas e poderá ser acompanhada pelas redes sociais do campeonato (@campeonatodeaeropress_br) e de perfis parceiros (@3aondacafe, @oop.cafe, @fazenda_cachoeira e @portalcoffea). A competição será de forma presencial, na Fazenda Cachoeira, que fica localizada em Santo Antônio do Amparo (MG). O local, desde 1832, é focado na produção de cafés finos e atualmente está atrelado ao cultivo orgânico de café.
A etapa é disputada por nove baristas, que são separados em trios. Desses nove, apenas três candidatos passam para a fase final e um sai vencedor. Para definir quem passa de fase, os juízes escolhem dentre os trios qual o melhor café com base em análise sensorial com referência em aroma, sabor, acidez, doçura, corpo, equilíbrio e finalização.
O primeiro colocado ganhará o direito de competir no World AeroPress Championship em 2021, um evento mundial da modalidade, que ocorrerá de forma virtual. Além disso, o vencedor ganhará três dias de treinamento personalizado em extração e uma experiência urbana de café de um dia, com direito a levar um acompanhante, na cidade de São Paulo.
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